sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Cotidiano

Não raro paro e penso
No que eu queria dizer
Entre as ordens do dia
Que cartão do relógio não me deixa esquecer

Preparo a bolsa
Com o que o dia quer
Um tanto de força
Dois tantos de fé
Desamarroto o roto
Pinto um riso no rosto
E seja o que Deus quiser

Êêêêêêê, e há de raiar o dia
Todo mundo se esforça
Mas ninguém filosofa de barriga vazia

Êêêêêêê, e há de findar o dia
Tempero um poema
Com uma colher pequena vou jantar poesia

Banco todos os bancos
Com impostos impostos ao meu suor
Preparo um café pra acordar apatia
Mas o sono é maior

Conto os centavos
Rola um tostão
Indispensável pro saco de pão
A carteira vazia
Do banco à padaria
Meu trabalho em vão

Êêêêêêê, e há de raiar o dia
Todo mundo se esforça
Mas ninguém filosofa de barriga vazia

Êêêêêêê, e há de findar o dia
Tempero um poema
Com uma colher pequena vou jantar poesia

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