quarta-feira, 27 de maio de 2009

Relevância

Quantas luas você penhorou para vir até aqui?
Não mais os poentes que eu molhei, sem você.

Mas agora que está tudo bem,
Podemos pensar em dizer algo mais do que:
Te amo.

Talvez pensar nas mazelas do mundo.
Nos problemas decorrentes das relações interpessoais através da virtualização trazida pelo advento da tecnologia.
Ou nas implicações da existência da antimatéria sob a fé religiosa.
Ou sobre os efeitos causados pelas dicotomias gregas milênios após.
Ou ainda, discutir sobre o determinismo caso possamos definir a localização exata de um elétron.
Ou qualquer lugar comum assim bem “Cult”.

Podíamos...
Mas prefiro falar de coisas mais importantes, então, podemos voltar ao assunto.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não resposta

O que é minha não resposta se não

Um sim que tem medo de afirmar ou

Um não que tem medo de perder?


Meus medos são tão simples.

Tão irrelevantementes preocupantes.

Que me tiram do sério nessas gargalhadas trêmulas.

È que eu sei no que isso vai dar.

Já vi toda a história.

Não que já tenha visto esse filme antes.

Mas é fácil entender o roteirista.


Eu devia mudar de rota.

Mas sou egoísta e masoquista o suficiente para não te deixar agora.

Além de covarde é claro.

Então, se já não há mais volta.

Se já mergulhei nisso.

Não deixemos esta resposta meio bamba...

Seu pedido ainda ta de pé?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Sem Lugar

Não sei porque
Depois de infinitos poentes seguidos de ausência mental
O Sem Lugar me veio a mente.

Talvez ele passeie pelas pensamentos das pessoas
Assim como passeia pela vida delas.
Ora aqui, ora ali, mas uma outra lá.
Procurando um lugar.

Volta e meia alguém se lembra.
Voltas inteiras todos se esquecem.

Vida difícil.
Existência impossível.

Sentir-se deslocado as vezes é comum.
É não ter uma parte daquele mundo.
Sentir-se deslocado em todos os lugares é diferente.
Seria não ter nenhuma parte com este mundo?

O Sem Lugar é triste.
Sempre falta algo.
Ele é sempre o estranho no ninho.
Por isso ele é itinerante.
Assim, um nômade sempre à caminho de casa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fuga

Me questionaram a paixão.

Você já se apaixonou novamente?

(E lá sei eu se já alguma vez?)


Exatamente no momento em que corro milhas de Afrodite.

E tento me esquivar de Eros a todo custo.

O mais engraçado é que parece que ele está tentando me acertar de qualquer maneira.

Qualquer dia me acerta.

Nem que seja com um canhão.
(o amor mesmo tem a sutileza de uma fecha atirada a canhão)


E eu...
Faço de Caos minhas palavras.
A ordem é tão complexa que não dá pra entender.
É melhor deixar pra lá.
Ou melhor, deixa pra cá.
Bem perto, assim, batendo junto com meu..
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