quinta-feira, 30 de abril de 2009

A menor distância entre duas mentes…

é a palavra…

Esta frase não é minha, quem dera fosse...
Mas exatamente por sua genialidade estou dividindo-a com vocês

Encontrei no site do Programa de LOGOFONIA.

Meio termo, meio terno

Sei que você não percebe as porcentagens tão equilibradas

de mágoa e amor contidas em cada feixe de luz que sai destes meu olhos.

A luz poderia te iluminar ou te fulminar, sem que eu ou você pudéssemos

decidir exatamente por qual fração de segundo uma das forças superou.


Meu amor é proporcional ao mal que você me fez.

Que eu permiti que fizesse.


Mas ainda sim amor.

Um amor triste.

Não pela dor que se fez.

Mas por esvair-se em indiferença que é muito pior.

Um dia o olhar divido meio a meio,

irá simplesmente se mesclar,

em uma luz difusa e tão sombria que não irá clarear mais nada.


E quando não precisarmos mais nos importar com o que aconteceu.

Já que a memória irá selecionar períodos mais claros.

Seja de Amanheceres ou de trovões, de todo modo, iluminados.

Deixando o que é um meio termo, inerte e vagando por lembranças esquecidas...

Cuidado quando pedir qualquer coisa ao deuses.
O menor de seus problemas será ter seu pedido atendido de alguma forma.
O maior, ser exatamente como você pediu.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Considerações.

As pessoas tendem a achar estranho o meu silêncio.
De fato. A tristeza me cala.
Gosto de dividir alegrias.
Minhas tristezas ficam prezas em meus desabafos e nas palavras soltas que escrevo.

Falando ensandecidamente ou enlouquecendo em silêncio.
Não tenho muito meio termo.
Me falta a justa medida.

E que falta faz.
Que o digam meus amigos.
Meus próximos.
Até mesmo os alheios.

Nenhum oriental deve gostar lá muito de mim.
(ainda que eu louve a cultura)
Deve ser por isso que não gosto de comida japonesa...

Patético

Hey baby, se eu te chamar assim estarei te amando em inglês?
Provavelmente não.
Estarei apenas sendo patético.
Ok, sem problemas baby, amar é mesmo patético.

O que faz seu coração sair de compasso?
O que faz seus olhos brilharem?
O que faz suas mãos tremerem?
O que faz seu corpo vibrar?

Bobagens.


Antes a apatia?
A inércia?
A insensibilidade?

Talvez não.
Talvez eu queira realmente ser patético.
Te chamar de baby, ou qualquer outro apelido
extremamente vergonhoso aos ouvidos alheios
mas que te descompassa, te ilumina, te balança e te mexe.

Ver seu coração brilhar e seus olhos tremerem.
Sentir suas mãos vibrarem e seu corpo sair de compasso.

Ser seu compasso vibrante tremendo e brilhando.
Como qualquer estrela vermelha, explodindo em supernova.

E depois, voltar aos olhos dos alheios apenas sorrindo.
Confirmando estar patéticamente apaixonado.
Ainda que isso seja uma completa redundância.
Mas amantes e apaixonados são redundantes.
E mais uma vez, encantadoramente patéticos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Marcado

Sei muito bem sobre as marcas que faço em meu corpo.
Muito mais complicado é lidar com as marcas que ficam gravadas na memória, cravadas.
As palavras que deveriam sair pelo outro ouvido, mas se estacionaram no meio do caminho.
As idéias que foram reprimidas e vagam fantasmagoricamente por minhas idéias levemente lúcidas.
Os sentimentos maltratados e mal curados que deixam marcas de vermelho líquido e roxo-azul profundo.
Essas ninguém vê, por isso não incomodam (aos outros), só incomodam à mim.
Assim, dói muito mais...

E assim, a dor do motorzinho nas minhas costas, não dói nada.
Assim, me distraio, e garanto mais uma marca.
Desta vez por opção.
Fazendo o caminho contrário.
Tentando tirar de dentro, as marcas que vieram de fora e marcando por fora o que penso por dentro.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Em cena: Encena (só texto)

Encena uma melodia de alma, corpo e espírito

com a clade (d) e o sol nascendo.


Assim...


Carrego meu próprio sol,

minha clave inteira de sóis,

porque sois todos tão simples

quanto uma sinfornia de uma nota só.

De uma nota sol...

Em cena: Encena


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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Nem mais, nem menos

Não. Não. Não.

Tenta deixar como está.

Mas se você não está mais.

Eu posso entender.


O que me deixa confusa

E não saber o que você deixou.

Se é que ficou alguma coisa.

Se é que fixou alguma coisa.


Se nada passar.

Nem em branco.

Nem preto no branco,

Nem branco no preto.

Muito menos colorido.

Muito menos mais bonito.

Muito menos do que era.

Muito mais que poderia ser.

Muitas coisas que eu não disse.

Muitos sonhos que eu não contei.

Muitos amores que eu deixei.

Muitos males que não matei.

Muitas vozes que ouvi.


E agora todas elas estão me dizendo em coro

que eu deveria dormir...

e deixar, o que não está mais.

Nem mais, nem menos.

Sem mais, só menos.

Sem mais, nem menos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sentidos

Você não faz o menor sentido.

Então deve ser por isso que rouba os meus.

Eu sei que você sente muito.

E eu sinto muito por isso.

Não gosto de te ver assim, sentido, sentindo os meus sentidos.


Eu faço sentido. Produzo sentidos até demais.

(Eu sei que penso demais.)

Mas isso não significa que sinta de menos.

Sem ti minto, ás vezes.

Mas isso não é para ressentir.

É pra sentir uma vez só.

Porque é diferente.

Porque mesmo não tendo nenhum sentido, mexe com todos eles.

Sentir é não fazer os sentidos.

E não faz sentido algum mesmo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mal se quer...

Parei para pensar em você mais não consegui sair de mim.

Então parei de tentar e resolvi dormir

Ah, quanta surpresa! Insônia! Quem diria?

Eu só que queria não pensar, mas sei que você sabia.

Vi Órion fugir, vi escorpião se pôr em seguida

Sem fechar os olhos, fechada para a vida

Fechada para o amor, aberta a ferida

Escondendo a dor, desfolhando margaridas


Mal-me-quer do meu amor

Mal amor ou mal amada dor


Mal se quer enquanto for

Um mal qualquer do meu amor


Manda uma carta um email ou algo assim

O caminho não é feito de rosas, ainda que seja cor de carmim.

Que disse que seria fácil você me fazer feliz

Ainda que nem o tempo possa, ao menos me olha e diz

Diz que não foi bem assim que eu fico

Que eu juro que engulo o choro e minto

Juro que não falo as verdades que estão na garganta

Bem da verdade, com seus ouvidos tampados não adianta.

Mas se você resolver deixar tudo como está

Eu vou me embora e deixo a margarida secar

Não vou tentar ficar se você não se resolver

Quem sabe um dia eu volto se, Deus quiser


Só se DEUS quiser.

Por que assim eu não quero mais.