sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Coerência

Quero que veja o que vai além de minhas palavras.

O que se passa nesta cabeça confusa e cheia de idéias.

Coerência, não é comigo.

Talvez por isso você não me entenda. Eu falo demais, mas fazer o que digo. Isso é outra coisa.

As vezes eu simplesmente faço, falo, penso ou sou.

Mas só quando é sobre mim. Só quando não é sobre minhas responsabilidades.

Sinto o peso do mundo em minhas costas. Mas sei que eu o coloquei lá e posso muito bem tirar. Mas é essa sensação de ser tão grande quanto Atlas que me mantém em frente.

Carregando meu próprio mundo, levo-o para onde quiser e faço o que bem entendo.

Coerência beira a hipocrisia. E de hipocrisia, basta o necessário para sobreviver.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

palco

Se me exponho, é porque penso que ao contar sobre mim controlo a versão da história.

Doce ilusão de quem gosta do controle. Quem mais manda, mais quer ser aceito.

Se eu decido. É porque não estou fora.

Se eu escondo é porque transformo em calcanhar o que um dia podem descobrir.

Quem fala é personagem, quem ouve é realmente criador.

Mas além decidir se mostrar, revela o perigo de se conhecer.

E disso, ninguém sai ileso.

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