De onde estou vejo um passado sorrindo no reflexo das lágrimas que me alcançam.
Nada foi tão frio que pudesse ser tão melhor.
Mas não me contento com o que vem a leves penas, pois eu gosto mesmo é de correr.
De onde estou vejo uma paisagem ambígua, de casas empilhadas.
Umas ordenadas, outras não.
Mas todas com o mesmo medo do que está lá fora, pois o que agente teme é o outro
De onde estou vejo o movimento respirando a fumaça cinza que nos sustenta.
Os olhos ardem, mas continuam olhando.
Mas sinto o vento que levanta o cabelo e a poeira, pois o que o vento quer é levar.
De onde estou vejo um sonho plural de ter mais conexões off que on.
De ser mais verão que andorinha.
Mas a gente quer deixar de ser metade, pois o que a gente quer mesmo é ser por inteiro.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)