sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dia

Hoje o dia é vermelho
Mas eu vi tudo muito azul
Desisti de olhar no espelho
Eu tava de só mais um

Passei trinco no portão
Ninguém perguntou por mim
Se alguém bateu na porta
Não fiz questão de ouvir

Tinha tanta gente falando
No silêncio do meu quarto
Eu sentada em um canto
Com um vinho barato

A vista da janela
Me contou que tinha sol
Não fazia diferença
Mal do resto antes só

Falei com a tv
Ouvi a batedeira
Discuti com o dvd
Bati na lavadeira


Acho que to meio cansada
Acho melhor eu ir pra casa
Deixar qualquer verso calar
Deixar pra lá

Talvez amanha eu acorde bem
Mas é que hoje eu vou de zero a cem
E pra não bater,
Pra não te bater, eu vou me recolher...

Eu to louca?
O resto revirou?
Não to bem certa de nada.
É terapia do caos,
Ou só uma ressaca...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Algumas justificativas...

Tenho 21 anos, estudo publicidade e propaganda e quero ser redatora.
Daí a importância comercial do meu exercício de escrever.
Meu professor Mayrink, disse que eu tenho que praticar todos os dias, escrever sempre.
Portanto, farei o possível para escrever alguma coisa religiosamente todos os dias.( Criação e linguagem publicitária, é um dos blogs que acompanho)

Tenho 21 anos adoro música, poesia e palavras em geral, sou muito crítica e tenho uma necessidade visceral de me expressar.
Daí a importância pessoal. É ter este espaço vermelho, que mostre um pouco de mim, dos meus gostos, dos meus pensamentos, das minhas duvidas transcritas nas palavras, pois pra mim, escrever estes textos é meu exercício de pensar. Pensar a vida, pensar eu mesma, pensar as coisas, sintetizar os sentimentos para entendê-los melhor.
Em fim, escrever para suprir esta necessidade de expressão.

Como faz parte de um aprendizado (que sei eu eterno)
Todas as criticas são bem vindas.
Sinta-se a vontade

Bem vindo aos meus versos vermelho.
Espero que goste.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Aporia

Atravesso a linha tênue entre a consciência e o desespero.
A corda bamba de Ariadne.
Mas tão delgada quanto os fios de Dédalos.
Se fosse Ismália também pularia mas moro no térreo.
Por sorte ou azar.

Nem sei bem o que estou falando
E o pior, tenho a calma sensação de que não necessito sabê-lo
É mais cômodo na verdade.
(Até mesmo pra você.)

As ruas foram ficando mais largas.
Até se tornarem avenidas. Grandes avenidas sem passarelas.
(Sempre gostei de passarelas.)
Cada um na sua calçada.
Olhando pra frente.

Não choveu.
Agora chove. Forte.
Deixei o guarda chuva em casa.
Não que ele pese mais que meus pensamentos. Mas eles eu não perco de vista.
É um trabalho a menos.
(Nunca gostei de guarda- chuvas.)
E tomar chuva é bom.

Só não gosto de não ver a lua.
(Gosto tanto da lua!)
As estrelas fazem menos falta
Porque fazem mais companhia?
Sentimos mais falta do que temos por menos tempo?
Talvez, só do que não temos controle.
E não adianta pôr nome. O trabalho é vão.
Ainda assim não se controla. Nem SE controla.
Então deixa estar.

Vou pra casa fazer minhas asas.
Seja Ícaro ou Ismália.
Quando eu levantar voô.
Tome o destino que tomar.
Nunca mais volto ao chão.