Não era aquela assinatura.
Assim como não eram apenas aquelas palavras.
Se as coisas fossem tão simples como as ações que as
representam, tudo seria mais fácil.
Não significa. Mas representa.
Amores não são construídos com Eu te amo.
Um casamento não é realizado no sim.
Separações não são consumadas na assinatura do divórcio.
Nada disso significa, mas representa.
Aquele foi o sim mais doce. Porque era o sim da eternidade.
E aquela assinatura a mais amarga, porque significava não há
mais.
E embora seja triste de qualquer maneira, é tão mais
doloroso quando o “não há mais” se refere à relação e não ao amor.
Quem foi que inventou essa história de que o amor supera
tudo?
O amor não supera a rotina, as brigas, o deixar de ser, de
se esforçar.
Prefiro acreditar que amor não é tão forte, do que acreditar
que não era amor.
É ele que significa tudo aquilo que representa.