quarta-feira, 17 de junho de 2009

Acordando (soneto despertador)

Viver passando em caminhos sinuosos

Olhando os outros pássaros que não voam para o sul

Tentando dizer mais que por favor, com licença e obrigado

Inventando palavras mais mágicas que o som


Chorando chuva ácida em lágrimas répteis de tão repetidas

Rindo tão alto quanto o que a platéia acha conveniente.

Sendo convencido à sombra de infelicidades seguras.

Achando a tristeza tão comum e simples, quanto inerente.


Mas e se não for bem isso?

E se não é de tão sós que se faz a multidão?

E se tuso isso é feito de mais vontade que obrigação?


E se fosse mais sorrisos que lamentos azuis?

Se for mais vermelho que dias nublados?

E se formos feitos de movimento? O que mantém todos nós parados?

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