A noite foi longa, imensa.
Tanto quanto a eternidade, que não veio...
A ausência de luz, liberta o que provoca a ausência de amor.
O tempo demora mais pra quem espera.
O engodo é tão doce que agrada ao paladar de forma tal que sacia todos os sentidos sob os auspícios de eternidade.
Por isso se espera. Por isso se crê.
Mesmo sabendo que é uma artimanha do superego, para mascarar o que o id já sabe, e que o ego também não quer ver. O pior cego...
A verdade dói, mas dá armas. A claridade mostra o oponível.
A mentira, ou a omissão cria um caminho de brumas, que esconde espinhos dolorosos.
O golpe vem de onde menos se espera, é sempre pelas costas. Mesmo que não seja essa a intenção do outro. Mas de um jeito ou de outro, sempre será o outro. Narciso não é exatamente ruim, mas Eco não pensa assim.
O punhal não é mal, não tem natureza própria. Mas ainda assim o cuidado cabe à quem lida. Não é intenção dele cortar, mas corta. Todo punhal tem uma bainha de beleza proporcional ao fio . A responsabilidade é de quem afia, nem mesmo o fio é eterno.
Jura-se eternidades na cerração vermelha de cortes, mantém se estática, sentindo o prenúncio de chuva, Chuva salgada. Que lava a lâmina, os cortes, limpa o céu e traz de volta a claridade, não eternamente. Mas eterno é algo que não se quer que acabe. É o que avaliza o amor medroso. É a promessa que tenta acalmar o medo. Mas também acaba, eterno é o que não tem prazo, apenas isso. Apenas como se fosse pouco. Algumas eternidades duram anos, outras segundos, mas sempre acabam, tudo acaba.
Todo amor acaba mal, mas o sentimento se esvai com as lágrimas.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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