sexta-feira, 6 de março de 2009

Paisagem

Que olhos são esse que eu procuro perdidos na cidade?
Olhos de verdade.
Gosto de pessoas de verdade.
Pessoas com defeitos.
Pessoas que falam e mostram seus defeitos.
Com ou sem; culpa, remorso ou vergonha deles.

Pessoas que falam de verdade.
Suficientemente corajosas para serem sinceras quando o assunto são elas mesmas.
Livres como as ruas da capital em pleno carnaval e alegres como as do interior.
Tudo entre as montanhas, entre confidências.

Pessoas com sentimentos de verdade.
Com medos, aflições, impotências... prepotências.
Os que não se importam em parecer idiotas,
(não os que o são de fato)
Ah, esses me divertem.
Gastam menos tempo com opiniões alheias, quase sempre destrutivas.
Soltam gargalhadas como cachoeiras, riem como a lua nova.
E olham com o brilho de uma estrela em supernova.

Os simples são como a brisa, indispensáveis, ainda que menos notados.
Menos citados.

Todos eles compondo o cenário natural. Real.
Comuns demais para serem notados.
Para serem percebidos na correria do dia-a-dia

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