Atravesso a linha tênue entre a consciência e o desespero.
A corda bamba de Ariadne.
Mas tão delgada quanto os fios de Dédalos.
Se fosse Ismália também pularia mas moro no térreo.
Por sorte ou azar.
Nem sei bem o que estou falando
E o pior, tenho a calma sensação de que não necessito sabê-lo
É mais cômodo na verdade.
(Até mesmo pra você.)
As ruas foram ficando mais largas.
Até se tornarem avenidas. Grandes avenidas sem passarelas.
(Sempre gostei de passarelas.)
Cada um na sua calçada.
Olhando pra frente.
Não choveu.
Agora chove. Forte.
Deixei o guarda chuva em casa.
Não que ele pese mais que meus pensamentos. Mas eles eu não perco de vista.
É um trabalho a menos.
(Nunca gostei de guarda- chuvas.)
E tomar chuva é bom.
Só não gosto de não ver a lua.
(Gosto tanto da lua!)
As estrelas fazem menos falta
Porque fazem mais companhia?
Sentimos mais falta do que temos por menos tempo?
Talvez, só do que não temos controle.
E não adianta pôr nome. O trabalho é vão.
Ainda assim não se controla. Nem SE controla.
Então deixa estar.
Vou pra casa fazer minhas asas.
Seja Ícaro ou Ismália.
Quando eu levantar voô.
Tome o destino que tomar.
Nunca mais volto ao chão.
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2 comentários:
Oi Bella!
Adorei os versos...
Principalmente os parênteses...
Vou acompanhar seu blog agora!
Abração!
Miga!!! Gostei do texto!!!
Ismália ja li o Poema, ou historia não me lembo bem...sei que tem a ver com a lua loucura e ela hahaha
Mo bkna!!
"Dorei"
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