Tenho uma paixão.
Nada secreta.
Gosto de ler.
Muito.
Mas o que não fica tão evidente nas minhas andanças é este apego ao que leio. A apreciação de cada momento deste amigo que faço questão de carregar para todos os lados para aproveitar cada minuto de microtédio que possa ter.
Estranhamente, não tenho nenhum apego ao livro em si.
Pra mim livro não é fim em si mesmo.
É meio.
Inclusive de transporte. Tele transporte. Me leva de encontro à vários sentimentos.
Meus, dos personagens, do autor. Deste estranho que se torna irmão.
Por isso adoro bobibliotecas. Todos os livros são meus. E de todos.
Eu me entrego a cada livro. Rio, choro, emudeço, cresço e aprendo com cada sensação. Sofro com a curiosidade e agonizo com a morte de cada livro que chega ao fim.
Porque é assim que sinto o fim de cada livro. Embora seja delicioso reler alguns trechos, não tem o mesmo sabor do conhecimento de cada linha. E meu sentimento de urgência me impede de reler os livros que li, tendo tantos ao meu dispor.
Não creio que meu amor seja efêmero. Mas minhas paixões agregam o caráter do sentimento, são. Efêmeras.
Não se acabam, mas trocam rapidamente de objeto.
Por fim, fica claro. Não amo os livros.
Amo, literalmente, a inspiração.
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