quinta-feira, 30 de abril de 2009

Meio termo, meio terno

Sei que você não percebe as porcentagens tão equilibradas

de mágoa e amor contidas em cada feixe de luz que sai destes meu olhos.

A luz poderia te iluminar ou te fulminar, sem que eu ou você pudéssemos

decidir exatamente por qual fração de segundo uma das forças superou.


Meu amor é proporcional ao mal que você me fez.

Que eu permiti que fizesse.


Mas ainda sim amor.

Um amor triste.

Não pela dor que se fez.

Mas por esvair-se em indiferença que é muito pior.

Um dia o olhar divido meio a meio,

irá simplesmente se mesclar,

em uma luz difusa e tão sombria que não irá clarear mais nada.


E quando não precisarmos mais nos importar com o que aconteceu.

Já que a memória irá selecionar períodos mais claros.

Seja de Amanheceres ou de trovões, de todo modo, iluminados.

Deixando o que é um meio termo, inerte e vagando por lembranças esquecidas...

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